Bizarrice Mundana

Celebração do hilariante e bizarro quotidiano

sexta-feira, março 17, 2006

Kimi boi, bebe como o Cucão


"As tão propaladas saídas nocturnas de Kimi Raikkonen continuam na ordem do dia. Desta feita, a McLaren decidiu contratar um médico que controla tudo o que o piloto finlandês ingere.
De acordo com o diário espanhol ‘AS’, o médico, também finlandês não é novato nestas andanças já que também realizou o mesmo ‘trabalho’ com Mikka Hakkinen, também ele grande apreciador de vodka.
Logicamente, a McLaren teme que este problema se agudize o que resultará, inevitavelmente, em prestações menos boas de Raikkonen em pista."

segunda-feira, março 06, 2006

Auer

"-Eu sei lá Tia Doroteia, nem os médicos a conhecem bem. É, entre outras coisas, uma tristeza, uma melancolia, que me não deixa, que me persegue por toda a parte. Às vezes parece-me que sinto apertar-se-me dolorosamente o coração; outras são palpitações, ânsias... Tenho quase vontade de chorar, irrito-me, impaciento-me, não quero que me falem, nada quero ver, nada quero ouvir; não leio, não durmo, não como. Finalmente todo eu sou doença e tristeza"
in a Morgadinha dos Canaviais - Júlio Dinis

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

hi5 - Who´s in?

O seu sucesso é construído pelo número de membros que dele fazem parte. Tal como numa feira de gado cada um promove aquilo que de mais belo tem, através das suas melhores fotos e um perfil adequado aquilo que gostamos de ver em nós em relação aos outros, tudo coisas bonitas, seríamos perfeitos se fossemos aqueles lindos perfis. Lembro-me de uma conversa que tive sobre actos que fazemos e que não costumamos dizer ao próximo, coçamos o cu com o dedo, peidamo-nos debaixo dos lençóis, pensamos para nós próprios infidelidades e actos que chegamos a repudiar, olhamos com desdém o próximo, somos pessoas vingativas e cínicas, mas não, neste profile não o divulgamos, damos a conhecer um eu que não existe, uma simplificação estúpida que do que somos baseada em pressupostos simplistas e que me metem cada vez mais nojo.
Todas as fotos que vemos, predominam sorrisos alegres, mas fodasse será que estamos sempre a rir, e aqueles momentos tristes em que estamos fulos da vida, e quando temos a cara deformada por dias passado na cama quando estamos sujeitos a uma infecção gripal, e esses momentos onde estão???
Quem frequenta esta comunidade interessa-se quase exclusivamente pela beleza, pelo prazer da estética como eu lhe chamo, está-se bem a “cagar” para a personalidade de uma pessoa, é sempre melhor bater o couro a uma “deusa” mesmo que seja não saiba dizer algo de interessante ou seja mais rodada que as putas de Bragança. Gostamos de apresentar aos nossos amigos “afrodites” do nosso tempo, muitas vezes desinteressamo-nos, apenas porque nos dizem que uma rapariga é feia, é uma “bajola”, um “swat”. Numa era da informação e do conhecimento alargado cada vez maior, não nos devíamos interessar pelo que podemos aprender com a pessoa que passamos algum do nosso tempo, que dizemos que gostamos??? Não fodasse, nós gostamos é de um bom cu e um bom par de mamas, de um troféu que muitas vezes retiramos dos outros, entramos em corridas desenfreadas, traímos amizades e confianças, em busca da cona das meninas bonitas do Hi5.
Somos uma bela personificação de um rebanho em que queremos ter a lã mais bonita cagar as bolas fecais mais bonitas, a resposta a "hi5 who´s in?" eu repondo: pura e simplesmente merda...
Boeing

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Os "Ricardo Santana" deste mundo

Uma noite destas a aproveitar o sinal livre de internet que um vizinho de que ainda desconheco a identidade, proporcionando-me sem saber o usofruto desta rede global de relações, dentro de determinados horários que tenho vindo a aprender. Com um trabalho para fazer, mas com uma vontade nula em o realizar, dei por mim a divagar na net. Fui ao site do google e pesquisei por fotografias com o nome "Ricardo Santana".

Meus caros bizarreiros, apresento-lhes os meus homónimos, eu podia ser qualquer um deles.



quarta-feira, janeiro 04, 2006

Mensagem do dia 1

Dia 1 do presente ano acordo com uma dor de cabeça imensa (sabe-se lá do que) quando deparo com uma mensagem por enviar no telemóvel, em que estava escrito:

"Mandei um grego como nunca tinha mandado,
ao longo da estrada gregoriei a grand, na rua k dexe
do camp grand (refira-se que me encontrava no bairro alto
a cerca de 10 km do dito campo grande). Tou td fdd,
o mikas procura 1taxi."

Refira-se que não me lembro em que contexto é que surgiu esta mensagem, talvez fosse da hora(cerca das 3h da matina), talvez fosse do tempo, talvez fosse da bizarrice que tivesse bebido durante a noite.

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Pseudo-História

Outrora em tempos de sentimentalismos expostos, de companheiros fanáticos, de construção de casais amantes de atributos e características aprazíveis, apareceram diante dos nossos olhos duas personagens de uma ficção jamais vista. Uma ficção que mistura o que de real há na ilusão com o devaneio de dois indivíduos alcoolizados por um bebida que jazia na sua fermentação à cinco anos.
Narsa González e Limbo cruzaram-se nos corredores da mente de pensadores obtusos e apareceram representados num dito quarto 206. Como todas as relações impostas por esta sociedade, o início deste devaneio foi marcado por alguma tensão e competição idealizada por ambos, em que pensaram defrontar-se numa luta idílica com a subjugação do Limbo perante um super-herói, personagem sempre amada entre todos. A subjugação foi esquecida e as duas personagens aderiram a uma competição de consumo de álcool no seu estado mais bárbaro, competição esta que nenhum dos dois tinha “consciência social” de existir.
No fim desta história o super herói acabou subjugado pelos poderes da arrematação do corpo e da mente por parte do teor alcoólico que jazia no seu sangue, acabou por ser espancado pelo seu adversário que teimava na regurgitação do seu oponente na peça de porcelana onde sentamos diariamente os nossos cus, porém Narsa González assentou sobre o lavatório de modo a poder cair perante poderes ocultos enquanto visionava no espelho um tal grau de degradação que o fez repensar sobre o seu modo de vida, prometendo futuras sobriedades que aparecem incrédulas aos nossos olhos cépticos de uma ficção nunca antes conseguida.



LIMBO aparece diante do NARSA utilizando as suas principais armas: a utilização fluente de crioulo, uma procura pela mota da Telepizza, o desmontar da carteira, e um revólver de plástico apontado ao chão.


NARSA domina o LIMBO com o seu poder de retórica, conhecimento cultural vasto adquirido nos livros que amou durante a sua existência, e um músculo sobre-desenvolvido no braço esquerdo resultante da prática constante de ninetismo com a canhota.

NARSA GONZÁLEZ mostra sua presença momentos antes de ser dominado pelo álcool em excesso no sangue, jazendo na sua cama quando o seu adversário continuava a sua luta contra a falta de miminhos.

Uma noite daquelas

Embora a relevância para este blog seja discutível, não podia deixar passar em claro o meu dia/noite de hoje. Como senão bastasse a confirmação de ter que passar a partir de quarta feira 6 dias na longínqua terrinha denominada de Muxagata em que a pasmaceira é uma religião, e de ver que não me encontrava em condições de fazer o trabalho de Estados, Nações e Nacionalismos a algumas horas de o ter que entregar, eis que, quais cerejas no topo do bolo me surgem duas notícias/acontecimentos. Primeiro descubro que a rapariga que eu curto ( a primeira em longos meses) tem namorado, e depois como se tudo isto fosse insuficiente para um dia só, consigo cometer a proeza de no betandwin.com perder 30 euros em 2 horas.

sexta-feira, dezembro 09, 2005

Século XXI

Ainda o século XXI é uma criança e já o preconceito está maduro e o aparente é poderoso. Espectros e estigmas pairam sobre as nossas cabeças, pressões sociais e anomia psicológica fazem a sociedade caminhar para a epidemia do século XXI como alguém um dia prognosticou : a depressão. A nossa sociedade é aquela em que ao abraçarmos um amigo, estamos a correr o risco de sermos confundidos com gays, aquela em que acarinhando uma criança que não seja o nosso filho faz de nós um potencial pedófilo, aquela em que se estás a ficar gordo ou com entradas te faz invadido pelo pânico, aquela em que se os teus amigos acham uma rapariga repugnante, tu já não andas com ela, aquela que te faz mais do que nunca sentir medo de falhar e seres o último da cadeia. Ficas com medo de tropeçar em público, de ter o cabelo mal penteado, de ter a roupa cagada, ficas mais triste se disserem que és feio do que se disserem que és desinteressante. Tudo isto é mais importante do que a nossa essência. Será que estamos a exigir muito dos outros e de nós próprios?